quinta-feira, 19 de maio de 2011

Algumas considerações sobre a liderança de Bin Laden e Obama

Ao analisarmos Barack Obama e Osama Bin Laden como fenômeno de liderança pode-se observar diversos elementos interessantes.

Osama Bin Laden e seu grupo , com certeza, buscavam oportunidades de infiltração em meio aos levantes árabes de fortes conotações democráticas que varrem o continente africano. Todos temem que hajam incitações da Al Qaeda por trás desses levantes. Porém a súbita morte de Bin Laden, numa bem sucedida operação militar americana, deu-nos a oportunidade de medir com certa precisão o quanto havia de identificação entre esse líder e os muçulmanos.

As reações de indignação popular foram proporcionalmente bastante modestas frente ao tamanho da população muçulmana, grupo religioso que mais cresce no mundo. Ocorreram manifestos, com certeza, mas muito modestos e pontuais, dando-nos a impressão de que o muçulmano não tem tanta identificação com o radicalismo da Al Qaeda.

Cabe destacar que as 2 principais lideranças palestinas, Hamas e Fatah, foram bastante cautelosas quanto ao assunto e não se viu palestinos enfurecidos nas ruas protestando contra a morte do líder da Al Qaeda.

Além disso, em países tradicionalmente muçulmanos como o Egito e a Tunísia, ou mesmo, o Iêmen, não houve grandes protestos de massa. Cabe lembrar o “efeito CNN”, que é expresso por um maior acirramento dos ânimos dos manifestantes toda vez que identificam uma câmera de TV filmando um protesto. Portanto ao ver imagens de protesto na TV,lembre-se do possível efeito CNN potencializando a imagens.

Por outro lado, é curioso observar a leitura corporal de Barack Obama. É nítido seu conforto no cargo que ocupa. Parece sempre relaxado, sabe entrar e sair do protocolo sem perder a naturalidade, de uma forma quase desconcertante. É claro que o recente assassinato de Bin Laden trouxe-lhe mais auto-confiança, mas, definitivamente, se o corpo fala, então o corpo de Obama diz: “I love this job”.