quinta-feira, 2 de junho de 2011

O vácuo de poder de Dilma e o ressurgimento de Lula: o beijo da morte?

O ressurgimento de Lula no Planalto para tentar driblar a crise com o ministro Palocci trouxe um claro sinal ao meio político:Dilma abriu um vácuo de poder, rapidamente ocupado pelo ex-presidente.

Há uma regra na Física que diz que onde há vácuo, o ar imediatamente tenta entrar para ocupá-lo. Esse fenômeno ocorre na ciência do poder também.Onde há vácuo de poder, virá alguém ocupar o espaço.

O problema é que Dilma deu um claro sinal de fraqueza para toda oposição, a qual ganhou coragem e encampou de forma agressiva as iniciativas para levar Palocci ao plenário para explicar sua milagrosa multiplicação de faturamento como consultor.

Aliás, o termo agressivo é um eufemismo para a troca de favores e concessões que a oposição está pedindo para evitar que Palocci tenha que prestar explicações.

Estamos no pior momento possível do governo Dilma: sua autoridade está sendo questionada, seus esforços de conciliação são feitos de forma indireta e tímida, seu posicionamento público é precário e sua inabilidade em lidar com a crise parece inquestionável.

Para piorar, há rumores de que sua saúde está longe do ideal e pode estar contribuindo para a dificuldade de lidar com o difícil momento.

Uma coisa é certa, o dano dessas 3 ultimas semanas deixará cicatrizes na relação institucional entre a Presidenta e os demais atores do cenário político brasileiro.

Se Lula tiver que intervir novamente a favor das causas do Governo, estará contribuindo inexorávelmente para o enfraquecimento moral de sua escolhida e sucessora.

Nuvens carregadas no horizonte...