quinta-feira, 28 de abril de 2011

O que o Linkedin ensina-nos sobre a ( curta ) vida útil dos executivos e executivas brasileiros

O que o Linkedin ensina-nos sobre a ( curta ) vida útil dos executivos e executivas brasileiros

Como você já deve saber, o Linkedin é uma ótima forma de manter e expandir seu network corporativo.Além de ser um saudável meio de troca de informações e detecção de oportunidades profissionais, essa rede social traz a possibilidade de discussões interessantes sobre diversos aspectos do mundo corporativo e um olhar atento pode captar algumas ricas discussões que falam muito da realidade do mercado de trabalho.

Outro dia deparei-me com uma discussão interessante intitulada: “Como lidar com o fator idade no mercado de trabalho? “. O que parecia ser uma discussão conceitual em seu início, ganhou corpo, incorporou testemunhos absolutamente dramáticos e trouxe novas cores ao tema abordado.
O tema já recebeu mais de 3000 comentários e podemos dizer que 99% batem na mesma tecla: o executivo adulto com mais de 40 anos está, na maioria das vezes, fadado a ser relegado a um segundo plano no mercado de trabalho. Daí a profusão de “ consultores” e de desesperados, como muitos dos corajosos comentários postados demonstram.

O termo “overqualified “ aparece como o feedback mais comum recebido nas (fracassadas) entrevistas de recrutamento e seleção, quando não se ouve respostas mais objetivas do tipo "too old for us” . Há inclusive uma entidade constituída com o objetivo de sensibilizar a classe política frente ao preconceito vivenciado pelos profissionais com mais de 40 no mercado de trabalho e que irá à Brasília nos próximos dias.

Esqueça as notícias dos jornais e revistas dizendo que o país vive uma inédita prosperidade e próximo do pleno emprego.Esqueça as notícias das revistas especializadas dizendo que é hora do profissional buscar nova colocações e desafios. O verdadeiro Brasil do mundo executivo está retratado naquele fórum, onde homens e mulheres no auge de sua plenitude produtiva amargam semanas, meses, anos de ostracismo, pois têm mais de 40 anos.

Esse é nosso verdadeiro mundo executivo, ou seria uma selva?.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Ensaio sobre leitura corporal : Paes tieta Obama,enquanto japoneses enfrentam tragédia

Que o corpo fala, todos sabemos. Aproveitar-se desse fato para fazer leituras sublimainares das notícias pode ser uma atividade interessante e reveladora.Tomemos como exemplo dois fatos que foram relevantes: a visita de Obama ao Brasil e a atitude dos japoneses no terremoto no Japão.

A foto mais emblemática da visita de Obama foi a que mostrava o prefeito Eduardo Paes, na pista do Aeroporto Santos Dumont, curvando o corpo para trás para enquadrar o presidente americano numa foto em seu celular.

Ali está estampada a informalidade característica do carioca e, em certo grau, do brasileiro, mas um observador atento poderia interpretar a postura do prefeito como um preocupante sinal de falta de postura e seriedade que, em certo grau, é observado também na cultura brasileira em diversos aspectos.

Mudemos de cena: os japoneses organizados em filas após um terremoto e um tsunami devastarem seu país. Nenhum tumulto, nenhuma desordem, uma evidente organização circundada pelo ambiente de caos e devastação.

Façamos um exercício de imaginação. Imagine o presidente Obama visitando uma Tóquio prestes a receber uma Copa do Mundo e uma Olimpíada. Alguém consegue imaginar que o prefeito da cidade estaria fazendo papel de tiete de presidente na pista de pouso com um celular na mão?

A falta de protocolo do alcaide carioca pode ser tomada como um exagero de alguém que se viu diante do presidente da nação mais poderosa do mundo, mas é injustificável.

O alerta de Joseph Blatter sobre o atraso das obras para a Copa faz uma combinação perfeita com a foto de Obama sendo tietado por Eduardo Paes. Algum estrangeiro que entenda de linguagem corporal poderia pensar: “Se o prefeito da cidade mais importante do Brasil recebe o presidente americano dessa maneira, o que se pode esperar do resto da turma?Será que eles são sérios? Será que darão conta da monumental tarefa que têm à frente?’

O que você acha?