Semana passada, os maiores veiculos de comunicação deram destaque a um dos ex menores que participou do trágico casodo menino João Hélio.
Todos veiculos questionavam a liberação do envolvido e o sentimento de indignação da população.
O que mais chama atenção nesse tipo de situação é a incapacidade ( ou desinteresse) dos grandes veiculos de comunicação em focarem no real motivo dessa tragédia.:o mercado de roubo e receptação de veiculos no Rio de Janeiro.
Esses jovens que roubaram o carro, onde se deu a tragédia do menino João Helio, só o fizeram porque tinham a quem vender o que estavam roubando.
Óbvio. Não se rouba o que não tem valor. Em nenhum momento, desde a captura dos menores, se aprofundou a investigação para se saber a quem eles queriam vender o veiculo.
E até hoje, a imprensa, como comprova o link compartilhado, trata a questão do roubo, própriamente dito, como um detalhe da tragédia.
Afinal, a quem era endereçada aqiela encomenda? Sabe-se que aqueles jovens não tinham roubado aquele carro para assaltar um banco. Sabe-se que há um mercado paralelo de ferros-velho e oficinas de desmonte no Rio de Janeiro, que por muitos anos teve como simbolo maior a feira de Acari.
Porém a imprensa satisfaz-se em ficar apenas na superficie do tragédia, explorando o aspecto emocional e focando nos "bagrinhos".
O que falta para haver uma imprensa investigativa que decifre o mercado ao qual esses jovens iam atender ao roubarem o carro? Por que não pegar esse caso de grande repercussão e buscar tentar puxar o fio da meada?
Para quem eles iam repassar aquele carro?
É uma pena que não tenham procurado responder essa pergunta.
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