Por que os ônibus cariocas não param nos pontos?
Por que diáriamente, em dezenas de locais diferentes no Rio de Janeiro, os motoristas de ônibus se recusam a pegar passageitos em pontos de ônibus e, simplesmente, ignoram-os?
Se você já teve oportunidade de andar de ônibus no Rio de Janeiro, já deve ter vivenciado essa experiência a qual é prática corrente e que, inclusive, abre uma brecha de oportunidade para motoristas de kombi e van.
Com certeza, essa prática não tem o apoio do "patrão", do empresário que corre o risco do negócio, paga salários e precisa maximizar receita a cada corrida de ônibus.
Essa prática, portanto, além de lesiva ao cidadão, é lesiva à empresa a qual, no final das contas, paga o salário do motorista.Então, por que ocorre?
Simples. Falta de ferramentas adequadas de gestão e follow up de desempenho. Um observador atento perceberá que a única forma de follow up feita por empresas de ônibus é ter um supervisor num ponto específico, onde, é claro, o motorista sempre pára para fiscalização.
Temos já algumas linhas com câmeras internas,mas que medirão apenas o comportamento dentro do ônibus. Essa ferramenta já criou impactos, pois o motorista se esforça em evitar que, por exemplo, entre-se pela porta de trás sem pagar.
O que falta então? Simples, se as empresas de ônibus adotarem a prática de clientes ocultos espalhados por diversos pontos da cidade poderão ter a exata dimensão do real comportamento de seus motoristas.
Se os motoristas conviverem com a eterna dúvida de terem num ponto de ônibus um possível cliente oculto, teremos uma mudança de comportamento fundamental e que se reverterá em significativos ganhos de receita.
É uma iniciativa barata e que trará resultados imediatos, desde que aplicada de forma consistente.
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
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